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sexta-feira, 23 de maio de 2008

Ficção administrativa

Publicado no Jornal Opção – Opinião Jovem – dia 12 junho 2005.
http://www.jornalopcao.com.br/index.asp?secao=Reportagens&idjornal=137&idrep=1290


O que acontece hoje no governo Lula nada mais é do que acontece em todos municípios e Estados brasileiros. Essa política de “uma mão lava a outra” é antiga, e não me assusta tantos escândalos estarem vindo à tona.

A política eleitoral brasileira me envergonha, e não estou me referindo só aos políticos, mas, sobretudo, à maioria que dela participa, pois mais corrupto que um político que compra o voto é aquele que recebe e vota. E exemplos temos aos montes.

A atual política administrativa infelizmente também funciona assim, como se diz: “Um prefeito sem os vereadores faz muita coisa, mas é limitado, e o vereador sem o prefeito fica limitadíssimo”. Isso inclui os governos estaduais e um pouco o federal. Aí entra o jogo de secretarias e ministérios, nos quais os cargos essencialmente técnicos são ocupados por políticos que muitas vezes não se lembram do bem público e, sim, de sua instabilidade e de que o mandato é de apenas quatro anos.

Os casos dos Correios e do “mensalão” são conseqüências disso, das alianças forçadas nas quais o PT teve de engolir adversários históricos e suas próprias bandeiras para tocar o seu desarticulado governo. Assim, Roberto Jefferson, defensor do governo Collor e hoje mais magro, se encaixou nesse parlamento petista.

A sucessão de escândalos na base do governo Lula mostra com grande clareza uma administração composta por sua maioria de um único partido, repleto de um bolchevismo oportunista e inoportuno, e refém de seu passado revolucionário. A construção de um governo de maioria deve passar sempre pela valorização dos partidos aliados, com distribuição técnico-política dos espaços de decisão e de poder, pois deles dependem o sucesso administrativo e político de qualquer governo.

Lula e o PT, alinhados ao que existe de mais retrógrado na política, decidiram, ao invés de dividir o poder, comprá-lo, utilizando a tática mais incorreta, que, num passado recente, derrubou o ex-presidente Collor. Lula apostou por demais nos “trezentos picaretas” e, ao acordar, viu-se cercado dos próprios picaretas de seu partido, que governam com facilidade os “benefícios” da máquina pública.

Roberto Jefferson é apenas um dos descontentes que, por não mais interessarem aos joguetes palacianos, foi isolado pelo PT do Planalto (não o PT de origem). A CPI dos Correios com certeza terá um alcance muito maior e chegará às barbas do Planalto, relembrando o caso Waldomiro Diniz, entre outros. O aborto realizado pelo PT não deu certo, o tiro saiu pela culatra, e agora veremos José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoino, entre outros, no banco dos réus. E o PT perderá, de vez, o título de paladino da moral e dos bons costumes, e deverá aprender que só se governa com aliados, e que estes devem ser respeitados e, acima de tudo, bem escolhidos.

O presidente, quando disse “eu dou cheque em branco ao Roberto Jefferson”, sabia que era mentira, mas é preciso pequenas mentiras para encobrir mentiras maiores, para que assim ele garanta alianças e sua reeleição em 2006.

Mas continuo com aquela velha expressão “antes só do que mal acompanhado”. A resposta virá em 2006. Nas urnas.

DANILO FERREIRA GOMES
Vice-presidente DCE/UCG e integrante da JPSDB
12/06/2005

terça-feira, 20 de maio de 2008

Censura Política

É de se estranhar que em plena democracia ainda existam atos provocados a fim de tentar intimidar aqueles que primam pela verdade e justiça.

Como ocorre com o senador Marconi Perillo, no qual, nos últimos tempos, tentam de todas as formas denegrir sua imagem, porém numa tentativa pífia.

Se não bastasse o grande feito político de Marconi, que com apenas 45 anos já tenha sido Deputado Estadual, Deputado Federal, Governador do Estado de Goiás, por dois mandatos e ainda fazendo seu sucessor, e agora Senador da República, sendo um dos mais votados (proporcionalmente) dentre todos os que estão no Senado Federal, este foi o responsável direto por uma das maiores derrotas de Lula no primeiro turno da eleição passada, que aqui em Goiás o presidente ficou 11,33% atrás de Alckmin.

E agora no Senado Federal vem sendo de formas distintas coagido a quietar-se, resultado direto de seu coerente exercício político, atuando sim na oposição, mas com o intuito de resguardar os direitos e preceitos fundamentais da Constituição.

A censura pode ser entendida como o "poder do Estado de interditar ou restringir a livre manifestação de pensamento, oral ou escrito, quando se considera que tal pode ameaçar a ordem pública vigente", como é de costume deste governo deturpar tudo que se pretende, creio que nos dicionários do Planalto por censura se entende "poder do Estado, através do qual se utiliza o presidente, de interditar ou restringir a livre manifestação de pensamento, oral ou escrito, quando se considera que tal pode ameaçar o interesse próprio vigente".

Danilo Ferreira Gomes
Publicado no Diário da Manhã - Opinião do Leitor, pág. 06 - dia 20/05/2008.